13 de Agosto de 2006
Abri os olhos. Uma luminária bonita e apagada era a única coisa que eu via. Embora as janelas estivessem fechadas, eu podia ver os raios de Sol tentando entrar pelas frestas da janela.
Sentei na cama, passei as mãos pelos cabelos. Movimentei o pescoço, o corpo pedia mais sono. Noite boa.
Calcei os chinelos dei poucos passos até ficar de frente ao espelho do banheiro. Encarei-me, não pude deixar de notar uma ponta de sorriso neste rosto bem vivido.
Ao fundo podia escutar o barulho das crianças brincando. Lavei os olhos, molhei rapidamente os cabelos. Já se podem notar muitos fios brancos, alguns de preocupação, outros tantos de experiência.
Andei pelo corredor me espreguiçando. Senti o cheiro do café, acho que fiz uma cara de prazer. Parei na porta e fiquei te olhando segurando um copo.
Viajei. Acho que lembrei, em um segundo, uma vida inteira. Lembrei do dia que te vi pela primeira vez, do dia que conversamos. Lembrei de sorrisos, das viagens, do nascimento dos nossos filhos, das lágrimas e do teu beijo gostoso. Lembrei do dia que nos casamos, da lua de mel e daquela tarde inesquecível.
Como por mágica nos encaramos por uma eternidade. Não existem palavras para descrever o que se pode transmitir com um simples olhar. E nem tantas pra descrever como você é linda e quão grande é meu amor por ti.
Dei uns passinhos e te beijei. Não com um beijo tenso ou teso ou raro. Mas com aquele beijo que vale mais que uma vida.
Paz. E aquela sensação de que o mundo é mais bonito do que se pode tentar descrever. Quem não deseja um futuro assim?
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