22 de Junho de 2014
Ninguém é feliz na plenitude.
Ás vezes me pego pensando em largar tudo. Deixar de ser o bem sucedido Diretor Comercial de uma Multinacional Italiana, pra viver uma vida mais simples. Me pego pensando em me mudar pro interior, pisar no chão de terra, não ter muito o que fazer. Penso às vezes em Sertãozinho, ir a pé para um treino de hóquei, uma de minhas paixões.
Eu nunca quis ser o chefe, mas é basicamente isso que me conduz ao topo. Porque quem busca o poder nunca o alcança. Quem busca o dinheiro, também não.
Quando eu comecei a trabalhar com a IBM, me envolvi no mundo Linux. Dentre meus estudos e pesquisas, conheci um cara sensacional. Carlos Morimoto insistia em transitar pelo anonimato, mas já era, na altura, um dos maiores nomes do país. Criador e mantenedor do Kurumin, era minha fonte de inspiração em vários projetos. Nos encontramos diversas vezes, entre São Paulo e Curitiba, mas deixamos de nos falar com nossas mudunças de foco.
Hoje descobri que, neste ano, ele largou tudo. Abandonou sua editora, seu site e todos os bens materiais - como prega a religião Hare Krishna.
Eu nunca pensei em algo tão radical assim - mas confesso que, pra além da curiosidade, fiquei com uma pontinha de inveja.
Nesse mundo doido, corrido, em que insisto em remar contra a maré, me pego cético. Confesso. Se não fosse pelos meus pupilos, Marcelo Guedes de Souza, Adriana Braz, Lucas Oliveira de Moraes e Vitor Ribeiro Araujo, eu já teria largado tudo.
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