16 de Setembro de 2006
E mais uma vez nos últimos dias disseram a mim que sou um Anjo. Pelo coração enorme que tive, pela paz de espirito que trouxe e pela luz a quem estava no fundo do poço.
Chega até ser duvidoso. Eu mesmo duvido do que faço. Como é possivel ser tão benevolente, se, às vezes, eu deveria ser o próprio diabo? Que tipo de prazer existe em fazer os outros sorrirem, às vezes, à custa do próprio bem estar?
O coração anda tão puro que até me dá medo. E o que era pra ser paz, virou tristeza. Anjos espalham a palavra, a luz, alegram os aflitos e trazem boas notícias. Mas anjos amam?
Eu queria um amor pra vida toda, queria ser egoísta um só dia. Queria pegar tudo pra mim, queria abraçar a vida, ir pra bem longe e ser feliz a 100%.
Mas... talvez esse não seja meu destino. Como é possível fazer o bem à tanta gente e não ser capaz de fazê-lo a si próprio? Se a vida passar logo, vou sentir falta de ter pecado. Do perdão, da redenção e do amor... que ás vezes eu acho que só existe dentro de mim.
E no meio dessa angústia, vou rezar pra ter aquilo que faço inconscientemente. Encontrar meu próprio Anjo, que me traga a paz, o amor e a felicidade de volta. Que me dê beijos ardentes e me esquente nas noites de frio. Que me prove que tudo é tão simples e está bem na minha frente, que é só abrir os olhos. Que entenda meus medos e me abrace quando eu não tiver chão.
Eu queria tanto... Queria que alguém risse de mim porque estive cego em não reconhecer-te.
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