14 de Fevereiro de 2016
Tem imagens que valem uma vida toda, não só pela carga emocional que ostentam, mas por serem forjadas durante anos. Esta é uma delas.
Toda criança tem aquela ideia maluca de exercer uma profissão complicada. Às vezes são vítimas dos desejos dos pais, outras apenas situações malucas e glamorosas. Estrela do Rock, Jogadores de Futebol...
Eu não. Eu nunca quis ser astronauta. Eu queria ser paleontólogo.
E essa minha paixão partiu de um livro que eu li quando pequeno. Escrito pelo americano Roy Chapman Andrews, All About Dinosaurs contava os detalhes da expedição dos cientistas ao deserto de Gobi, na China.
Fiquei tão fascinado pelo assunto, que o estudei a fundo, datilografei 3 livros bonitinhos e hoje tenho uma pequena biblioteca do tema.
E foi numa imersão de autoconhecimento, neste ano, que descobri que foi daí que veio minha mania arquivista de catalogar assuntos, criar bibliotecas, organizar recortes e outras coleções. Tenho reproduzido sistematicamente o padrão de um bom museu, sem tomar consciência disso.
Portanto, esta foto, tirada no Museu de História Natural de New York, junto aos Protoceratops de Andrews, espécie descoberta no meu livro da infância, tem um significado ímpar. A realização de um sonho.
Em especial agradecimento a minha mãe Lenira Albuquerque, que sempre nos levava para a biblioteca quando crianças, incentivando o hábito saudável de ler e adquirir conhecimento. Numa época bem mais distante dos comodismos de Faces e Googles.
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