24 de Julho de 2006
Oswaldo Montenegro - Metade Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio. / Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca. / Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. / Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste. / Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante. / Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade. / (...) / Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço, / (..) / Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão. / Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável / Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância. / Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei... / (...) / E que minha loucura seja perdoada. / Porque metade de mim é amor e a outra metade... também
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