13 de Abril de 2007
Me queimei completamente e foi a melhor coisa que fiz na vida.
No dia em que nasci, dizem que o berço do hospital pegou fogo. Escapei ileso, mas a partir daí, minha vida foi uma queimação atrás da outra.
Desde pequeno, de famas, eu tenho todas. Minha reputação eternamente abalada. Meu nome, sempre entre os mais mal falados. Se eu tivesse feito 10% das coisas que disseram que fiz, hoje eu deveria estar em tour com os Rolling Stones.
Mas não estou reclamando, muito pelo contrário. Encontro-me tão queimado que sou uma das poucas pessoas que pode fazer o que bem entender. Porque não há nada que eu possa fazer que alguém já não tenha dito que fiz pior.
Se eu for até o jornaleiro comprar figurinhas do Spider-man, vão dizer que eu estava comprando a nova Playboy. Se eu for à Disneylândia, vão dizer que eu furei todas as filas. Se eu salvar o planeta de uma invasão extraterrestre, vão dizer que me viram trepando com um ser verde. Pois não faz mais diferença se eu faço ou não.
Enfim, EU posso fazer tudo que quiser. Posso começar frases com pronomes, como fiz no título. Sinceramente, agradeço aos maledicentes, pois sinto-me um carro blindado num tiroteio de chumbinho. E até metáforas cafonas posso fazer.
Porque enquanto eles falam... EU VIVO!
Editado de Carolina Romero, brilhante, no seu profile do Orkut
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